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terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Vinho, Carnaval e História
Vinho, Dionísio e Carnaval?
Exatamente, essa união teve início na Grécia Antiga, com os cultos que eram realizados para adorar á Dionísio (ou Baco, para os romanos) o deus das festas, que eram sempre regadas á vinho e prazeres em abundância.
Entre todas as festas que aconteciam em sua homenagem, a que era realizada com a chegada da primavera era a mais especial.

Segundo a mitologia grega, Dionísio morria todo o inverno e renascia na primavera, assim como o início do ciclo das plantas e especialmente as videiras, isso porque no hemisfério norte, se encerra o inverno e inicia-se a primavera, ao contrário para nós que estamos no hemisfério sul, e no mesmo período que é o mês de março, se encerra o verão dando início ao outono. Eis o motivo pelo qual a festa era programada para esse período do ano.
As comemorações da época era o nosso Carnaval de hoje. A festa era fruto dos cultos que celebravam o plantio e a colheita na Grécia Antiga. Como a economia e a sociedade da época eram baseadas na agricultura, as comemorações pela produtividade e fertilidade do solo eram comuns. Dionísio foi o principal responsável pela dimensão gigantesca a tais celebrações, que entrou para o calendário oficial das cidades.

Séculos mais tarde, as festas influenciaram em grande proporção as comemorações romanas, povo esse que sucedeu os helenos e assimilaram grande parte de sua cultura. Com o passar dos anos, a comemoração foi ganhando forma e a população começou a predominar mais só chegou ao formato atual, do "Carnaval Cristão", em 590 d.C quando a Igreja Católica oficializou a festa.

O primeiro culto á Dionísio ocorreu em dezembro, com o objetivo de cultuar a fertilidade das terras já o festival de Lenaia, em fevereiro, que seria o período em que as jarras de fermentação eram abertas, para a prova do vinho novo.
Por fim, acontecia a festa das Dionísias Urbanas, que duravam seis dias e por volta do século V, se tornaram o maior e principal evento de Atenas.

Nessa época os atenienses já utilizavam disfarces e fantasias, simbolizando a diferença entre as classes sociais, que curiosamente, na época só o vinho conseguia unir durante as celebrações.




domingo, 19 de janeiro de 2020


Espumante ICE?
É isso mesmo!

Primeiramente, Feliz 2020 querido leitor!

O primeiro tema do ano, não poderia ser outro senão falar de espumante ice!

Moro em Governador Valadares – MG e confesso que nesse período de dois anos que estou aqui, ainda não havia sentido um clima com temperaturas tão altas como as dos últimos meses, pensando nisso após experimentar o espumante, Garibaldi ICE, postar nas minhas redes sociais e notar que surgiram dúvidas e curiosidades sobre o consumo, resolvi falar com mais detalhes sobre ele, então vamos lá!

A Cooperativa Vinícola Garibaldi lançou a linha ICE, no segundo semestre de 2019, pensando nesses dias de calor intenso. Produzido pelas uvas Prosecco e Moscato Branco, a sugestão de consumo é bem simples, basta alguns cubos de gelo, frutas e sim pode usar e abusar das cítricas que irá tornar essa bebida ainda mais refrescante, equilibrada e bem sugestiva para consumir na praia ou piscina!

Diferente dos espumantes convencionais, o ICE é uma bebida com acidez acentuada, bastante aromática e no paladar é intenso e refrescante.
A elaboração ocorre pelo Método Charmat, o açúcar residual da classificação Demi-sec é mantido para que a bebida tenha ainda mais frescor e intensidade mesmo após a adição de gelo ou mistura com outros ingredientes na elaboração de drinques, ou seja, podem ficar tranquilos que o espumante não irá perder o sabor!




Tem sugestão de consumo no Instagram: 

➤ https://www.instagram.com/p/B7PbSBAAE7p/?utm_source=ig_web_copy_link


Já conhece?
Conta aqui nos comentários!



domingo, 31 de março de 2019


Pró- Vinho
É com imenso prazer e desejo de muito sucesso que trago aqui no blog a notícia desse projeto, que tem como objetivo aumentar a cultura e o consumo do vinho no Brasil. Para isso, essa iniciativa se propõe á criar e sugerir estratégias para atrair novos consumidores para mundo do vinho e aumentar a frequência com que consumidores esporádicos provem a bebida. Ao reunir pessoas e associações de diversas áreas do mundo do vinho, o projeto acredita que pode sugerir diversas ações efetivas para alcançar esse objetivo.

Pró-Vinho tem, entre os seus diferenciais, o fato de reunir pessoas e associações de diferentes setores do mundo do vinho, desde a produção até o seu consumo e divulgação, todos juntos com o objetivo comum de aumentar o consumo desta bebida. Associações como a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), a ABBA (Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Bebidas), o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) participam desde o início desta iniciativa. Jornalistas, das principais publicações do Brasil, e comunicadores, que atuam neste setor também.

Com reuniões mensais, o grupo se encontra para criar, sugerir e formatar ações que impactem, positivamente, no aumento de consumo do vinho, acreditando que o caminho para isso passa por aproximar as pessoas do vinho. As primeiras reuniões para a formação da Pró-Vinho aconteceram no início de 2017, organizadas pelo consultor Márcio Marson, o autor da ideia desta iniciativa, e a associação teve seu lançamento oficial em janeiro de 2019.

No site tem dicas de consumo, inclusive para quem está iniciando no mundo do vinho, pois tem uma linguagem simples e direta para que você torne esse momento ainda mais prazeroso!

Acesse o site:


Um brinde ás boas notícias e aos projetos que visam aumentar o consumo do vinho no Brasil!
Tim tim!





domingo, 13 de janeiro de 2019


Curiosidades sobre vinho

O ano é novo mais as curiosidades são as mesmas, cito algumas entre as mais frequentes e aguardo sugestões para abordagem de outros temas sobre dúvidas, curiosidades e todos os assuntos, que envolvem o mundo do vinho!

 As uvas tintas também produzem vinhos brancos e rosés
 Exatamente, existem raros Malbecs e Pinots Noirs brancos, que para obter esse resultado, as uvas são fermentadas sem deixar as cascas em contato com o mosto, pois são elas que darão cor ao vinho, nos vinhos rosés, mantem-se as cascas em contato com o mosto por um período menor e desse modo sua tonalidade será rosada!
 Vinho Verde, não é verde
 Nas margens do Minho, em Portugal, está a região demarcada de Vinho Verde, ou seja, a denominação de origem (DOC) que dá nome ao vinho. Portanto, ele pode ser branco, tinto e até rosé, menos verde.
Apenas o Champagne tem bolhas (perlages)
Todo champagne é um espumante, mais nem todo espumante será um champagne. Exatamente, afinal Champagne é uma região demarcada, com denominação de origem, de uvas regularizadas, portanto somente os espumantes produzidos nessa região situada na França, podem ser chamados de Champagne.
Vinho doce contém açúcar
Os tipos de vinhos doces variam, entre fortificados,botritizados e de colheita tardia, no entanto nenhum deles leva adição de açúcar na composição o dulçor que se sente em paladar vem da própria uva, (é açúcar residual, que não foi transformado em álcool durante a fermentação). E os vinhos suaves? Ele sim contém açúcar e esse é um dos motivos pelo qual não são classificados como vinhos finos.
Uva branca produz vinho branco e uva vermelha os tintos
Nem sempre, pois é possível produzir vinhos brancos com uvas tintas, basta extrair a casca antes, do processo de fermentação, porque é ela quem dá cor ao vinho. Espumantes, principalmente os Champagnes, são ótimos exemplos de vinhos brancos que levam uva tinta em sua composição.
Quanto mais velho melhor
 Quanto mais tempo guardar um vinho, melhor ele irá ficar? Vinho velho é que é vinho bom? Depende, pois o vilão, no caso dos vinhos, nem é o tempo, mas o ar - o oxigênio, em contato com certas substâncias do vinho,que inicia uma série de reações químicas que levam a sua oxidação. Então, tudo tem a ver com a combinação de oxigênio, corpo, tanino e acidez de um vinho.

Tim tim

 


 


segunda-feira, 31 de dezembro de 2018


Para o Réveillon, espumante!
Porque a virada do ano pede comemoração, celebração e claro muitos brindes com espumante!
E para aproveitar o potencial dessa bebida, trago algumas dicas que irão auxiliar você, a começar pela escolha do rótulo.




Inicie pela doçura do espumante:
Nature, extra-brut, seco, demi-sec e doce, são termos que classificam os espumantes de acordo com a quantidade de açúcar e de acordo com a Legislação Brasileira.




Lembrando que o teor de açúcar não está associado á qualidade, mais sim ao estilo, para que desse modo você escolha o de sua preferência ou oque será ideal para a ocasião!
Espumante X Harmonização:
O brut será o espumante mais versátil ,quando o assunto for harmonização, pois acompanha desde a salada, carnes leves, até o prato principal.
Para sobremesas, prefira os demi-sec ou doces (moscatel), que vão muito bem com saladas de frutas, mousses, tortas ou mesmo a clássica goiabada com queijo (Romeu e Julieta).
Temperatura de serviço:
Espumantes safrados, com mais corpo e complexidade devem ser servidos entre 9°C e 12° C, para que sejam liberados seus aromas e sabores, enquanto que os espumantes mais simples podem ser mais resfriados, entre 6°C e 8°C.
Não agite a garrafa:
Mesmo sendo um momento para celebrar, saiba que uma garrafa de espumante tem mais gás comprimido que um pneu de carro, levando em conta também que desse modo, perde-se boa parte do espumante.

E por fim, escolha o estilo que te agrada e celebre com bons vinhos, sempre!
Feliz 2019!









segunda-feira, 24 de dezembro de 2018


Vinho com panetone?

Porque não? Afinal, panetone é uma daquelas delícias, que não podem faltar nas ceias de Natal!
Diz-se que o panetone surgiu no Norte da Itália em Milão, sendo assim pode estar associada á tradição italiana de se consumir nessa época um pão mais saboroso que os preparados no dia a dia.

Segundo a lenda, uma das mais famosas e românticas, que um rapaz nobre da cidade de Milão, Ughetto degli Atellani, apaixonou--se por Adalgisa, filha de Toni, o padeiro local, que reprovava o namoro.
O jovem, então, para se aproximar da moça e ganhar a confiança do pai disfarça-se como um ajudante de padeiro e emprega-se na padaria do pai da moça. Lá ele cria um delicioso pão de trigo, com manteiga, ovos, uvas passas e frutas cristalizadas. Sua criação torna-se um imenso sucesso e, assim ele consegue a autorização para cortejar sua amada.

Mais uma das versões, que seria uma linda história de receita de sucesso, se ela não tivesse começado com um erro de Toni após trabalhar por horas á fio na véspera de Natal. Toni fazia, ao mesmo tempo, uma fornada de pães e uma massa de torta, a pedido de seu chefe. Por estar exausto, acabou colocando as frutas da torta na massa de pães e tentou consertar a falha acrescentando também frutas cristalizadas, manteiga e ovos na receita.
Ao levar a “torta de pão” para seu chefe, ele foi surpreendido acreditando ser uma criação improvisada. O resultado foi e ainda é sucesso nos dias de hoje!

Harmonizando:

 Tradicional com uvas passas e frutas cristalizadas:

Clássica e aprovadíssima, essa harmonização com os vinhos produzidos com as uvas Moscatéis (Moscato), com toques frutados e florais, sua leveza irá perfeitamente bem com o panetone.

Espumantes da uva Prosecco com todo seu frescor e acidez irá potencializar o sabor do panetone!  Prosecco nacional são bem-vindos, sempre!

Na versão chocolate:

Aquela união que dá certo sempre, quando o assunto é chocolate, seja com a doçura de um vinho do Porto Ruby ou o sabor amadeirado do Porto Tawny.



Recheado com doce de leite:

Escolha um colheita tardia, encorpado e frutado, compostos pelas uvas riesling, moscatel, semilon,sauvignon blanc ou chardonay.

 Deguste e aproveite o seu Natal!

Tim Tim!








segunda-feira, 23 de julho de 2018


Vinho varietal:
Entendendo a classificação
Em algum momento, você caro enófilo deve ter se deparado com a palavra varietal, que naturalmente despertou dúvida ou curiosidade em saber oque de fato significa.
Então, abra uma garrafa de vinho e vem comigo, tirar suas dúvidas!  
Vinho varietal (que também pode ser chamado de monocasta ou monovarietal) é aquele que é produzido com apenas uma variedade de uva. Certo?
Depende, de como cada região ou país irá determinar a porcentagem necessária para que o vinho seja considerado varietal.
No Brasil, para que o vinho tenha essa classificação no rótulo, o mesmo deverá conter 75% de uma única variedade de uva em sua composição, sendo quê os monovarietais deverão ser 100% produzidos de uma única variedade de uva.
Os outros 25% do vinho poderá ser completados com outros tipos de uva, caso o produtor veja necessidade. Lembrando que essa porcentagem permite que o enólogo possa adicionar mais acidez, corpo ou estrutura, para o vinho, acrescentando outra cepa.
Na África do Sul e Austrália,a porcentagem mínima de uva varietal, deve ser de 85%,sendo que Chile, Nova Zelândia e Califórnia  deverão ter a mesma quantidade que o Brasil.
Temos ainda, vinhos com algumas denominações, que não trazem o nome da uva e são 100% varietais! Complicou?
Imagine, nesse caso sugiro se informar sobre as regiões de produção!
Quando você degusta um vinho tinto da região de Borgonha por exemplo, o mesmo será 100% composto da uva Pinot Noir.
E se falarmos em Barolo, com denominação italiana, você irá provar um vinho exclusivamente composto pela uva Nebbiolo.
Sendo assim, sempre que você desejar provar um vinho varietal, pesquise e se informe sobre o rótulo, mais se permita provar também os vinhos produzidos com mais de uma uva, que recebe o nome de assemblage (blend ou corte) que mistura duas ou mais variedades de uva, na produção de um vinho.
O objetivo, quando se produz um assemblage,é somar no produto final, criando rótulos exclusivos e diferenciados!
Deguste!